Separamos neste artigo as principais dúvidas sobre o botox. Aqui você vai encontrar:
Em uma forma simples e clara de explicar: O botox, também conhecido como toxina botulínica, é uma substância que pode ser utilizada no tratamento de diversas doenças, como microcefalia, paraplegia e espasmos musculares, isso porque é capaz de impedir a contração muscular e atua promovendo a paralisia temporária do músculo, o que ajuda a reduzir os sintomas relacionados com essas situações.
Está simples definição foi o suficiente para você?
Não!
Então irei lhe dar uma explicação um pouco mais completa.
Historicamente, o botox - toxina botulínica ganhou popularidade como 'veneno' causador de doenças no ano de 1822. Décadas mais tarde, tornou-se um dos mais populares medicamentos utilizados na prática estética moderna e importante ferramenta no processo de reabilitação dos pacientes. Sua primeira utilização clinica foi em 1977, em um experimento clínico para tratamento do estrabismo através do relaxamento de músculos extraoculares. O botox - toxina botulínica (TXB) é classificada como medicamento biológico por ser produzida por uma bactéria anaeróbia denominada Clostridium botalinum e suas diferentes cepas produzem diferentes sorotipos. A maioria dos medicamentos biológicos disponíveis no mercado é obtida de cultura de células geneticamente modificadas, produzida por derivados, extratos ou purificados. A TXB foi um medicamento inovador e de alta relevância na indústria farmacêutica em virtude de solucionar inúmeros problemas terapêuticos até então não tratados de maneira eficaz!
Os medicamentos sintéticos (origem química) tradicionalmente conhecidos são compostos, em geral, por pequenas moléculas estáveis de estrutura química bem conhecida pela indústria. Isto permite que sejam produzidos e copiados de forma idêntica, podendo ser considerados genéricos. Por esta razão, podem ser bioequivalentes pela categoria outorgada nas autoridades sanitárias a um novo produto genérico de origem química, isso após a comprovação demonstrada por meio de estudos de biodisponibilidade de sua equivalência com medicamento inovador de referência.
O medicamento biológico, diferentemente de um produto químico-sintético, é uma proteína formada por uma cadeia tridimensional de aminoácidos, que influenciam diretamente em sua atividade no corpo humano. A complexidade desta molécula faz com que uma mínima alteração no processo de fabricação seja capaz de levar a modificações no produto final que podem afetar a qualidade do medicamento e a resposta do paciente ao tratamento. Para que medicamentos biológicos sejam considerados iguais, devem ser submetidos a estudos de comparabilidade, podendo ou não ser biossimilares. Desta maneira, o botox - toxinas botulínicas presentes no mercado só poderiam ser consideradas como biossimilares se fossem realizados estudos de comparabilidade. Portanto, os produtos com TXB não podem ser consideradas biossimilares para substituição de marcas pois suas apresentações diferem em relação às propriedades físico-químicas, à dosagem, à duração do efeito e aos efeitos adversos
O botox - toxina botulínica é um extrato purificado representado por um complexo proteico de origem biológica, sintetizada a partir da bactéria anaeróbia Clostridium botulinum, que em condições apropriadas à sua reprodução cresce e gera nove sorotipos diferentes, conhecidos como A, B, C1, C2, D, E, EG, Fl e I. O uso clinico do botox - toxina botulínica tipo A foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) em 1989 para tratamento do estrabismo e blefaroespasmo somente 22 anos após os resultados do estudo clinico realizado em 1977. Mais tarde, em 2004, foi liberado para tratamentos de distonia cervital e hiperhidrose axilar primária.
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Sua utilização cosmética se deu após a observação pelo casal Carruthers, de melhoria nas rugas periorbiculares de pacientes tratados terapeuticamente. Em 1992, os autores publicaram o primeiro paper indicando a TBX-A como tratamento estético da região glabelar. A partir de então, em 2002 a Food and Drug Administration (FDA) aprovou a utilização da TXB-A com finalidade cosmeceutica sendo até os dias atuais um dos medicamentos mais utilizados pela indústria farmacêutica para tratamento estético da face.Dentre os vários sorotipos existentes, o mais potente e que proporciona maior duração de efeitos é o sorotipo A, sendo, portanto, a toxina botulínica indicada e utilizada clinicamente. Atualmente estão disponíveis para uso seis tipos de TXB-A no mercado brasileiro: Botox (Allergan), Dysport (Ipsen), Xeomin (Merz), Botulift (Medytox), Prosigne (Lanzhou Institute of Biological Products) e Botulim (Hugel, Inc).
O sorotipo B também está aprovado e disponível para uso clínico, sendo comercializado apenas nos Estados Unidos e no Reino Unido sob os respectivos nomes: Myobloc (Solstice Neuroscience) e NeuroBloc (Eisai) para tratamento de distonia cervical. Em comparação à TXB-A, apresenta mecanismo de ação semelhante, inicio de efeito mais rápido, menor duração de tratamento e maior desconforto durante as aplicações. Independente do uso, seja para fins de tratamentos funcionais ou estéticos, o mecanismo de ação do medicamento se dá por bloqueio da liberação da acetilcolina (neurotransmissor responsável pela contração muscular), causando o relaxamento da musculatura na qual é aplicada
O uso do “botox” já é bastante conhecido para o tratamento de sinais de envelhecimento. No entanto, um novo protocolo vem se popularizando nos consultórios: o uso da toxina para prevenção das marcas de expressão. Essa nova aplicação deve ser feita entre os 25 / 28 anos.
Para saber quanto custa a aplicação de “botox” é necessário fazer uma avaliação presencial com um profissional especialista. No entanto, o procedimento levando em consideração a utilização de 50 unidades de toxina botulínica, pode variar entre R$ 1.768,34 a R$ 3.128,50.
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O “botox” elimina rugas finas de expressão e impede a formação de novas rugas. Pode ser um bom coadjuvante para maximizar os efeitos da cirurgia plástica, mas um procedimento não substitui o outro além de melhorar o “bruxismo” e a cefaléia tensional.
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O “botox” é a solução para as rugas na pele. Suas doses controladas e fracionadas vão ajudar a paralisar a musculatura, reduzindo, assim, as rugas e linhas de expressão momentaneamente. O procedimento começa a fazer efeito em até 14 dias após a aplicação e pode durar por cerca de três a, no máximo, seis meses.
A aplicação do botox é realizada no consultório por meio de injeções da substância em pontos específicos de acordo com o problema. Os resultados iniciais aparecem nos primeiros dois ou três dias e o resultado final pode ser notado em até 15 dias- período de maior latência da toxina.
O “Botox” na boca é aplicado com microagulhas sob anestesia local e o procedimento dura cerca de dez minutos. O procedimento não deve ser confundido com preenchimento labial, já que tem objetivo suavizar linhas de expressão e não provocar ganho de volume.
A toxina botulínica é aplicada apenas no músculo responsável por formar a ruga, deixando um efeito rejuvenescedor bastante natural. O congelamento das expressões pode ser feito se isso for solicitado pelo paciente, de forma que se deve aplicar uma dose maior para paralisar totalmente os movimentos.
Em geral, a duração da toxina botulínica varia entre 4 a 6 meses. A partir desse tempo, os músculos voltam a receber impulsos dos neurotransmissores e ocorre o reaparecimento das rugas e marcas de expressão.
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O efeito dela se inicia com aproximadamente 2 dias e o efeito final já é visível entre 10 a 15 dias. É necessária uma avaliação nesse período.
Essas e outras dicas podem ser dadas em uma avaliação facial detalhada. Por isso é importante pesquisar sobre o tratamento e consultar nossa equipe na Elevare.
O resultado da aplicação do Botox na estética começa a se observar dentro de dois a cinco dias a partir do momento da aplicação. Os resultados são mais pronunciados por duas semanas no máximo. A partir desse momento, os resultados permanecem estáveis de cerca de três a seis meses.
O botox pode causar paralisia em algumas partes do corpo. Outro risco da aplicação é a contaminação por botulismo que, embora seja muito rara, pode ocorrer por inexperiência do profissional. A seguir apresentaremos informações e aprofundamentos técnicos sobre o botox.
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A TXB-A é uma molécula proteica composta por aminoácidos unidos por peptídeos que dão origem a uma proteína neurotoxina de 150 kDa juntamente com uma ou mais proteínas protetoras ( não toxinas), denominadas proteínas acessórias (NAPs ). Juntas formam complexos proteicos de alto peso molecular, que se diferem em suas estruturas e pesos finais de acordo com suas proteínas acessórias. Os tamanhos podem variar entre -300 kDa, -500 kDa e -900 kDa. Somente a toxina inco-botulínica A (Xeomin, Merz) é desprovida de quaisquer NAPs, tendo seu tamanho restrito ao peso molecular da neurotoxina de 150 KDa. Portanto, as estruturas moleculares das diferentes marcas comerciais de TBX-A variam de acordo com o produto.
A parte ativa da molécula (neurotoxina de 150 kDa), real responsável pelo efeito terapêutico, é formada por uma única cadeia polipeptídica composta por 1295 aminoácidos com duas porções: uma cadeia leve composta pelos primeiros 447 aminoácidos com peso de 50 kDa e uma cadeia pesada composta pelos aminoácidos restantes com 100 kDa'2. A cadeia pesada apresenta dois domínios, o de ligação (metade C-terminal da cadeia pesada) e o de translocação representado por Hn (metade N-terminal da cadeia pesada). As duas cadeias, leve e pesada, estão ligadas entre si por pontes dissulfídicas, e a integridade desta ponte é fundamental para a atividade biológica da molécula de toxina botulínica.
A TXB-A age no terminal nervoso periférico colinérgico do músculo onde foi aplicada através da associação das propriedades de dispersão e difusão, inibindo a liberação do neurotransmissor acetilcolina" e iniciando assim sua ação.É importante que a molécula de TXB-A permaneça com as duas cadeias (leve e pesada) de forma intacta, para que ocorra a quebra especificamente nas proteínas essenciais para a mediação da exocitose do neurotransmissor acetilcolina (ACh).
A ligação acontece no nível dos receptores específicos existentes na membrana da terminação nervosa.A sequência da ação corresponde a:
Considera-se que o mecanismo de ação da TBX-A se inicia a partir do momento em que a molécula é injetada nas fibras musculares. Caso a neurotoxina de 150kDa (porção ativa) ainda esteja ligada às proteínas protetoras acessórias (NAPs), ocorre uma quebra proteolíticas permitindo que a neurotoxina possa caminhar sozinha até à junção neuromuscular e se ligue irreversivelmente a um receptor de alta afinidade predominantemente encontrado nos neurônios colinérgicos dos nervos motores.
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Uma vez que a neurotoxina se liga ao receptor localizado na porção amielínica da membrana da célula neuronal:734 inicia-se o processo de internalização, intermediado por um receptor de endocitose.O processo de translocação da neurotoxina dura em torno de 20 minutos, para então as proteases romperem as ligações de enxofre (pontes dissulfídicas) entre as cadeias pesada e leve.
A terminação nervosa pré-sináptica neuromuscular contém vesículas preparadas para liberar o neurotransmissor acetilcolina (ACh). A estimulação neuronal inicia uma cascata de eventos, como a ativação dos canais de cálcio ligados à membrana. Os níveis aumentados de cálcio fazem com que as proteínas SNARE se agreguem para formar complexos, que participam do processo de liberação da acetilcolina. A vesícula contendo acetilcolina liga-se às proteínas SNARE e a fusão das membranas resulta na liberação do neurotransmissor (ACh) para a fenda sináptica através de um processo de exocitose. A acetilcolina difunde-se através da fenda sináptica e se liga aos receptores no músculo, levando à contração muscular.
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A extensão de difusão da TXB-A é influenciada pela dose aplicada, pelo volume injetado, e pela própria formulação do produto.O halo de difusão ocorre tridimensionalmente e, quando extenso, pode afetar músculos adjacentes não desejáveis. Os principais músculos alvo faciais são aqueles responsáveis pela mímica e apresentam-se dispostos e sobrepostos com muita intimidade, além de não apresentarem fáscia, o que favorece a difusão de líquidos aplicados sobre eles. Portanto, a dose e o volume de TBX aplicada devem ser criteriosamente planejados e um cuidado especial deve ser dado à injeção sobre a correta localização do músculo alvo.
A velocidade de aplicação da TBX também deve ser controlada e lenta, para que o produto não se disperse. Sendo assim, a dificuldade em se prever a forma do halo de difusão enfatiza a importância de analisar e planejar a área de injeção da TBX para garantir que os efeitos clínicos ocorram no local de ação desejado, diminuindo possíveis efeitos adversos. Considerar os diferentes perfis de difusão das diferentes toxinas botulínicas, selecionar produtos que apresentem maior previsibilidade e planejar a reconstituição com volumes passiveis de controle são fatores que minimizam a ocorrência de efeitos indesejados.
Dysport apresenta maior poder de difusão, o que pode resultar em maior incidência de efeitos colaterais sobre áreas não tratadas. Nas aplicações de face e pescoço, o risco de ptose palpebral e disfagia é significativamente aumentado. Já BOTO e Xeomin mostraram não haver diferença no halo de difusão sobre doses semelhantes aplicadas.
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